você tem sede do que? 🍸

dos nossos medos,
sempre bebemos mais um gole. E se os robôs chegaram mesmo para ficar, e se não sobrar trabalho e se a gente não conseguir parar? Da nossa loucura, há tanta sede que às vezes parece um poço sem fundo. Mergulhados em noias, assistimos um filme de roteiro arcaico. Esquecemos mesmo é que de diretores aos protagonistas, somos nós que editamos tal história. História de presente, com goles de saudade, sede de desencontros e o final que a gente quiser.

Pensando em como compartilhar este texto?
Preparamos dois formatos de arte: textão completo ou trecho impactante. É só escolher, salvar e postar! Ah, não esquece de marcar o nosso perfil: @newplan.journal.

Verão chegou e tem playlist nova na área. Em parceria com nossa amiga e DJ, Clara Ribeiro, escolhemos só as melhores para ouvir enquanto lê.
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links que valem a leitura

Como fazer a gratidão parecer menos uma tarefa
A palavra mais poderosa dos últimos anos parece estar se tornando mais um “dever” do que uma cura ou alívio. Dependendo da cultura em que estamos inseridos, praticar tal gratidão pode até nos deixar mais tristes e culpados. Mas como recuperar os benefícios da palavrinha mágica? Com técnicas simples, mas eficazes - todos os dias, mesmo que no seu tempo. TIME (en)

Os desafios do ChatGPT, robô usado para trabalhos acadêmicos
Talvez no momento em que você lê essa news, a maior revolução tecnológica desde a invenção da luz elétrica, as inteligências artificiais generativas, já tenham ganhado tanta popularidade, que extrapolaram o contexto acadêmico e atingiram a esfera da arte, do trabalho e da escrita. O ChatGPT chegou às mãos do público em dezembro e não sai das rodas de conversas, parecendo nos assombrar com medos arcaicos do tipo: os robôs podem mesmo nos substituir? Para entender a história do começo, esta matéria te guia passo a passo pelo tema. NEXO (pt)

Casais jovens no TikTok estão morando juntos, em quartos separados
Não é nenhuma novidade que, para alguns casais, dividir a cama todas as noites pode causar tensão em seus relacionamentos. Distúrbios de sono, horários de trabalho diferentes e até espaço podem entrar na lista de reclamações - agora dos jovens. Deve ser por isso que a hashtag #separaterooms tem mais de 1 milhão de visualizações no TikTok e está repleta de casais dando aos seus seguidores uma visão interna dessa configuração não convencional. Se for para o bem, que mal tem? ELITE (en)

Curso Gratuito “Produtividade Inteligente” por Conquer (pt)
Todo ano, nesta época, a Conquer libera algum de seus cursos de forma gratuita, com direito a quatro módulos e certificado digital. É aquela chance de começar bem o ano. Em 2023, o tema “Produtividade Inteligente” não poderia cair melhor. Para se inscrever, basta clicar aqui.

Sede de palavras
Mesmo com o mundo da escrita sempre por perto, demorou para Liana Ferraz, autora do livro “Sede de me beber inteira”, acolhê-lo como um caminho profissional possível. Atriz, professora e escritora, hoje é por meio dos poemas que ela dá voz à feminilidade e às inseguranças enfrentadas por mulheres. Por aqui, ela conversou com a gente sobre criação, carreira e reinvenção.

_Liana, conta pra gente um pouco da sua trajetória, carreira e da sua relação com a escrita?
Essa pergunta é super difícil pra mim. Nunca sei se começo da infância ou da vida adulta. Eu dei muitas voltas até me considerar oficialmente escritora, mas entendo que minha formação começa lá atrás, no fascínio com as imagens que a palavra cria. Numa excursão da escola até a biblioteca municipal de Bragança Paulista, me vi diante de muitas leituras possíveis. Eu tinha 10 anos e já entendia o poder transformador daquele universo. Além da diversão, tinha uma obstinação que hoje percebo muito especial: passei a ler um livro por semana, obedecendo o prazo de devolução da biblioteca. Comecei com literatura infanto-juvenil (coleção vaga-lume, amor eterno) e passei para best sellers ainda na infância. Lia Agatha Christie, Sidney Sheldon, que eram livros extensos, em uma semana. Isso me deu uma facilidade de embarque. Tenho facilidade em abrir o portal para o mundo que a escrita descreve. Depois descobri Saramago e li com obstinação sua obra. A mesma coisa com Garcia Marquez. Então, de certa maneira, eu tinha um senso de leitora profissional. Escrever, para mim, tem isso também, Uma ludicidade aliada à obstinação. Além disso, minha formação acadêmica é em Artes da Cena. Sou atriz profissional e professora de expressão vocal na Escola Superior de Artes Célia Helena. Encontrei nas artes cênicas a pulsação da minha escrita: escrevo como quem conta histórias também com o corpo e a voz. Meus espaços ficcionais e minhas personagens são criados com muitos recursos que aprendi como atriz.

_Hoje, vemos um movimento nas redes sociais de uma geração que se aproxima, comenta e aparentemente se interessa pelo mundo literário. Como você enxerga este comportamento de tornar a literatura um assunto mais acessível?
Enxergo com muita alegria e fico feliz em fazer parte desse movimento! Tenho muitas críticas à banalização da utilização das mídias de grande alcance. Essa discussão é antiga nas artes e chatíssima, a meu ver. Parece que os produtos, as obras que ganham escala são menores e menos importantes. Esse lado elitista da arte é algo que me incomoda muito. Pode escrever que assino embaixo: eu quero fazer arte para milhares de pessoas, quero que as pessoas comprem meus livros em bancas de jornal, em postos de gasolina e que me leiam nas redes sociais. Quero escrever vários estilos e alguns vão alcançar mais ou menos pessoas, mas todos serão escritos desejando leitores e não apenas boas críticas dos meus pares.

_Ao mesmo tempo que buscamos pausas na rotina, somos consumidos por uma avalanche de conteúdo o tempo todo. Como você se inspira e alimenta sua criatividade?
Eu sou uma pessoa criativa. Isso eu tenho em mim. Observo coisas que aumentam ou diminuem meu potencial criativo, mas elas têm mais a ver comigo do que com o entorno. A vida é muito inspiradora, mas nem sempre isso vira criação. A inspiração pode vir e eu não criar nada com isso ou criar sem partir de nenhuma inspiração. Tenho alimentos fundamentais para minha criatividade: dar aulas, ler e conversar. Ah, e ficar sem fazer nada. Eu fico muito mais criativa quando não encho minha rotina de burocracias.

_Aqui a gente tem um lema que é "dica boa a gente compartilha". Fala pra gente uma dica de série, filme, perfil que esteja amando seguir, livro, ou qualquer outra descoberta que valha a pena ser compartilhada!
Opa! Eu quero começar indicando meu livro, né? "Sede de me beber inteira", publicado pela editora Planeta, a realização de um sonho. Mas vamos às outras indicações. Perfis no insta que fazem um trabalho lindo de poesia e tenho acompanhado com carinho: @caixadesaida @marcelascheid @amorimrafaela @verenasmit @lauraberbert. Livros: os 3 da Carla Madeira (Tudo é Rio, Véspera e A natureza da mordida); A cabeça do santo (Socorro Acioli), Luxúria (Raven Leilani), Tudo pode ser roubado e Suíte Tóquio (Giovana Madalosso), Encontre as feras (Nastassja Martin), Fique Comigo (Ayòbámi Adébáyò). Livros de psicanálise eu tenho adorado ler! Indico o selo Paidós, da Planeta, como uma leitura super acessível e complexa ao mesmo tempo. Alguns títulos que li: A gente mira no amor e acerta na solidão (Ana Suy), Psicanálise de Boteco (Alexandre Patrício), O palhaço eo psicanalista (Cláudio Thebas e Christian Dunker) e De mãos dadas (Alexandre Coimbra Cabral e Cláudio Thebas).

1. Pelos bilionários que doaram parte de suas fortunas em 2022.

2. Os lugares você deveria evitar visitar este ano.

3. Uma casa-hotel na lista de desejos - e no Brasil.

Vale lembrar que toda semana compartilhamos a planilha GIVE&GET pela qual você pode se conectar com pessoas que fazem parte da nossa comunidade. Além disso, deixamos disponíveis todos os downloads que já rolaram por aqui na nossa pasta NEW PLAN RESOURCES. Ilustrações Carol Coura.