A importância de um espaço público mais compartilhado 
Condomínios fechados e distantes das cidades, muros altos, vigilância de primeira. Não é de hoje que as cidades brasileiras vivem um processo de segregação, muito estimulado e propiciado pelos fatores econômicos e sociais intensificados nos últimos anos. Se antes, era sobre ricos e pobres, hoje é sobre distância. Em um mundo cada vez mais adensado, o espaço fica cada vez menos compartilhado. Afinal, o que isso nos transforma como sociedade? GAMA (pt)

“Teatro da produtividade”: o tempo que os trabalhadores remotos perdem tempo para provar que estão realmente trabalhando 
Um dia comum na empresa que se diz híbrida: as pessoas que trabalham em casa dizem que estão trabalhando - e vários estudos objetivos mostram que isso é verdade - mas seus líderes ainda insistem em não acreditar. Em um novo estudo da Microsoft, 90% dos funcionários relatam ser produtivos em casa, incluindo a análise de métricas como aumento de horas trabalhadas, reuniões realizadas e quantidade e qualidade do trabalho concluído, enquanto que 85% dos chefes acham que o trabalho híbrido dificulta a visibilidade de tal produtividade. Quem tá certo e quem tem razão? VOX (en)

Os cientistas sabem porque somos tão indecisos 
Alô lunação de Libra e a indecisão rolando solta por aí. Brincadeiras à parte, há uma explicação científica do porquê somos tão indecisos. Quando tomamos uma decisão, tentamos controlar o futuro. Decidir transformar as hipóteses em realidade é o que impulsiona nossa história adiante. Mas a dura verdade é que estudo após estudo vemos que os humanos, em geral, não são grandes tomadores de decisão. E você aí falando mal dos "librianjos". INVERSE (en)

De repente, uma ambição reinventada
Se todo mundo sempre precisa de um novo plano, eis aqui uma nova era, a era da ambição reinventada. Seja para toda uma geração - os jovens (geração Z) já declararam inclusive em dados oficiais que a pandemia mudou suas prioridades - seja para um recorte de gênero (alô, mulheres) ou ainda para todos aqueles que entendem que os últimos dois anos e meio mudaram radicalmente nossa forma de viver e enxergar a vida, uma coisa é fato: a ambição mudou.
 
 Uma linha do tempo quase nada convencional
Tudo começa com a "grande renúncia” e o grande choque cultural que o movimento causou na sociedade. Ali, vimos grupos inteiros toparem um retrocesso na carreira por mais tempo livre, vimos mulheres que passaram um ano em casa com seus filhos, deixando posições de diretoria e por aí vai. Claro que nem tudo foram flores e muita gente não teve o privilégio, a coragem e a vontade de se demitir e aí conhecemos o "quiet quitting". O movimento foi uma resposta para todos que viviam com o peso de sempre correr atrás de mais e mais quando a pauta era trabalho. O termo também polêmico e questionável fez com que muitos encontrassem paz e felicidade em simplesmente cumprir apenas o que seu trabalho exige - e não muito além disso. Neste cenário, longe de ser idealizado, o futuro do trabalho passa por movimentações estruturais e transforma a ideia de que ganhar dinheiro seja o único objetivo de uma geração. Ética, equilíbrio e propósito são características necessárias e cruciais.
 
 Pra não dizer que não falei das mulheres 
As mulheres, neste contexto, parecem estar no meio de um acerto de contas revolucionário com suas ambições. Longe de estarem se demitindo em massa (afinal, tal privilégio é para poucos), mas agora elas descobrem um novo conjunto de metas e caminhos para a suas vidas profissionais, deixando claro que cada vez mais, o sucesso se encontra também fora do campo do trabalho. O artigo da excelente Ann Friedman para a Elle deixa claro tal movimentação e ainda traz exemplos: "em vez de aceitar essa cultura pré imposta sobre o trabalho, as mulheres estão optando por fazer pausas no emprego ou reduzir sua semana de trabalho, efetivamente deixando de lado a ideia de que nossos títulos ou salários nos definem". Seu trabalho não te define, repita comigo.

 O trilema da ambição
Liberdade, estabilidade e riqueza. Já pensou na ambição como uma escolha difícil entre essas três opções ou a completa impossibilidade de combinar essas três opções diferentes? Digamos que você queira sua liberdade e trabalhar em algo por um determinado período de tempo. Você decide começar sua própria empresa. Você tem liberdade e estabilidade, mas nenhuma garantia de riqueza. No momento em que você quer garantir uma certa renda – digamos que você queira focar no produto e não ter que se preocupar em pagar o aluguel – e fazer um investimento externo, você abre mão de um pouco de sua liberdade. Assim, a roda gira e e é claro que há solução, mas muitas vezes tendemos a nem perceber que podemos estar enfrentando um trilema, abordando nossas ambições como se o trabalho duro fosse suficiente para alcançá-las. Acontece que as equações da vida geralmente são mais complexas do que parecem.